quinta-feira, dezembro 28, 2006

Breve

Mais um ano se passou na minha existência, parece que foi ontem, quando ainda brincava de pipa e bola de gude, no lado da quadra da escola na periferia de Campinas. Quando saímos para roubar manga na chácara do vizinho, ou andarmos de bicicleta à tarde depois da aula, quando contavamos piadas e comíamos milho em volta da fogueira no inverno, à altas horas da noite
Sinto que o tempo passa mais depressa, a cada ano, os momentos são mais rápidos, e quando me dou conta, eles já foram embora.
Vejo meu filhos, como crescem rápido,e a cada dia, sinto que o tempo é menor.
Quando somos crianças tudo custa tanto a passar, é o Natal que demora a chegar, é o aniversário que não vem logo. uma noite dura uma década, e sem experiência não aprendemos a valorizar os pequenos momento que se vão e não se repetem.
Hoje reconheço que o tempo é cruel, quanto mais velho, mais percebo o sabor que a vida tem, mais quero desfruta-lá e aprender a vivê-la, porém parece que menos tempo tenho.
Meu Deus, como pode o tempo passar tão depressa justo agora que conheci a poesia de Fernando Pessoa, a sabedoria de C. S. Lewis e Philip Yancei, a melodia de Betthoven, a profundidade de Zygmunt Bauman e o romantismo de Djavan ?
Como pode tudo correr tão depressa, quando finalmente tenho tempo para meus filhos? Como posso me sentir tão ultrapassado vendo eles conversarem comigo? Eles que até ontem ainda estavam aprendendo a andar mas que com certo espanto, percebo eu, amanhã estarão saindo para namorar, noivar e casar!!!
Não. não meu Deus, não permita que o tempo passe sem que eu perceba. Sem que eu deixe minha marca, sem que eu faça a diferença.
Me ensine a enxergar a beleza nas pequenas coisas, nos momentos com meus amigos, com minha família. Me ensina a viver longe dos bajuladores e dos holofotes. Que o tempo seja meu amigo, e não meu adversário.
Tenho 27 anos, mas me sinto como se tivesse 40.
Tantos medos e tantas preocupações. Me de a vitalidade do menino que ia nadar escondido, que subia no pé de seriguela, e que saía para jogar queimada depois da chuva, a sabedoria que ainda não tenho, mas que o anos me cobram.
Sei que é impossivel parar o tem

Um comentário:

Anônimo disse...

Alguns trechos desse texto chego a me ver neles, pois o tempo passa e às vezes deixamos de fazer algo que queremos, mas não deixamos por deszelo, mas o tempo está voando e qdo percebemos já se foi o tempo de muitas coisas..... queria que o tempo parasse só para mim e para eu pudesse fazer tds as coisas que tenho vontade, mas sei que isso não é possível então busco viver a intensidade das coisas que o tempo me permiti viver...... pois o tempo não pará.